Biografia do Patrono

Joaquim Ribeiro dos Santos tinha patente militar, concedida pelo governo central. Naquele tempo, homens de reputação honesta e firmeza de caráter eram escolhidos para preencher lacunas do poder. Dessa maneira, todos o conheciam por "Coronel Joaquim Ribeiro". Ele foi, desde pequeno, obcecado pela educação. Teve como professor das "primeiras letras" um "mestre escola", uma pessoa que, dentre as demais, sabia ler e escrever e com certa habilidade para o ensino. Joaquim Ribeiro aprendeu a ler, escrever, sempre trabalhando como balconista e estudando à noite. Aprendeu contabilidade. Foi gerente de casa bancária, sempre com uma retidão de caráter que o distinguia. Sua conversa jamais enveredou para o lado frívolo. Era sempre consultado sobre questões de negócios ou problemas familiares. Foi vereador e conseguiu sair sem qualquer mácula da política. Foi um fiel servidor das causas presbiterianas e eleito diácono em 5/7/1885. Mais tarde, eleito presbítero pela primeira vez, foi ordenado em 26/2/1893, tendo servido nessa função por muitos anos. Com a sua "garra", juntamente com seu pai, Manoel Ribeiro dos Santos, comprou a Fazenda Oliveti no município de Torrinha, SP. Entre safras boas e más, Joaquim Ribeiro, obcecado por educação, tendo um saldo positivo na contabilidade daquela fazenda, comprou, em Rio Claro, SP, o solar do Barão de Dourados.Ali instalou e equipou uma escola "sem fins lucrativos", à qual deu o nome de "Instituto Joaquim Ribeiro", com cursos ginasial e de contabilidade.Isso ocorreu em 1926 e o colégio funcionou até 1938. Hoje em dia funciona com o nome "Instituto de Educação Joaquim Ribeiro". Efetuou depois uma permuta por um pequeno hospital, equipado, que pertencia ao médico Dr. Pignatari. O referido hospital foi transformado em Hospital Evangélico, cuja administração ficara a cargo da Igreja Presbiteriana de Rio Claro, para administrá-lo "sem fins lucrativos". Posteriormente, em acordo com a Igreja, por questões financeiras, foi transformado em "Fundação Joaquim Ribeiro dos Santos" o qual foi assumido por uma cooperativa de saúde "Unimed", por uma escritura de comodato por vinte anos.O velho solar onde funcionou o colégio hoje é um museu e Joaquim Ribeiro dos Santos é homenageado. Há uma sala com o seu nome, seu busto em bronze e móveis e objetos que a ele pertenceram. Joaquim Ribeiro escreveu uma auto-biografia, de algumas páginas manuscritas, que termina dessa maneira: "Sinto que meus males agravam-se. Em breve estarei junto ao meu Senhor e Mestre Jesus Cristo, a quem tenho servido, imperfeitamente, desde os dias da minha mocidade".Foi um batalhador pelas causas da Igreja Presbiteriana. Lá no comecinho da formação das igrejas de Brotas, Dois Córregos, Jaú, estava ele e seu pai Manoel no meio dos irmãos como pioneiros do presbiterianismo no interior de São Paulo. A respeito da Fazenda Oliveti, que lhe possibilitou realizar muitos dos seus sonhos, disse textualmente: "o Oliveti foi um manancial". — Relato de Paulo Ribeiro dos Santos. Foi um dos fundadores do jornal O Correio Brotense.

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