quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Produzindo histórias em quadrinhos

    Consciente da riqueza oferecida pelo trabalho com histórias em quadrinhos, a profª Catarina de Língua Portuguesa está trabalhando com as turmas do 6º ao 9º ano este gênero literário: as HQs ou histórias em quadrinhos. Em algumas turmas os alunos trabalharam situações vividas por Chico Bento e sua turma convidando para uma festa. Com outro grupo de alunos ela trabalhou tema livre com situações do cotidiano descrita em quadrinhos e com outro grupo idealizou quadrinhos sobre a festa de Haloween. Os trabalhos ficaram lindos e os alunos combinaram prazer e desenvolvimento da expressão oral e artística através desta atividade de formação de leitores que permanece tão atual resistindo até os dias de hoje num mundo dominado pelas tecnologias virtuais.
As histórias em quadrinhos já foram muito discriminadas na “escola de ontem” até a década de 80.  Um gibi só era admitido a título de mera recreação e não eram valorizadas as infinitas possibilidades desse material para o trabalho com qualquer disciplina. As histórias em quadrinhos eram culpadas pelo desestímulo à leitura e à criatividade, já que mostravam os cenários desenhados e deixavam pouco para a imaginação do leitor, o que tornaria as crianças preguiçosas. Chegava-se ao cúmulo de “tomar” das crianças aficcionadas por este tipo de leitura este rico material a pretexto de que poderia prejudicar o hábito de apreciar obras literárias ou por achar que poderia prejudicar os estudos.
  No entanto, graças ao poder de sedução destas “revistinhas”, elas se mantiveram e fizeram parte da infância e juventude de muita gente e contribuíram muito na formação  leitora dos apreciadores deste tipo de leitura, além de serem fundamentais no processo de aquisição da língua e de assimilação da cultura. Hoje, os tempos são outros. Os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI), e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) já os contemplam e destacam sua importância ao sugerir o trabalho com diversas mídias em sala de aula.  
As histórias em quadrinhos, pelas suas peculiaridades, colaboram desde a alfabetização, pelo fato de dirigir indicações que remontam a significados, mesmo sem o conhecimento da palavra escrita. Pela maneira como é demonstrado o ocorrido no quadrinho é permitido identificar o sentido e, se alguma palavra foi destacada, ela fica registrada, provavelmente, na mente da criança. As onomatopeias permitem diagnosticar sons e, também, permitem o conhecimento das letras do alfabeto. É mais simples ler um som do que uma palavra no início da alfabetização.
 

 Em suma, a criação de historinhas é algo que estimula a criatividade, além de ser um trabalho muito prazeroso.



Observamos que em alguns trabalhos ainda aparecem incorreções ortográficas ou o fenômeno muito natural na escrita de reproduzir a linguagem oral falada na linguagem escrita, mas o processo de aquisição da escrita e a correção devem acontecer naturalmente sob pena de tolir a criatividade e a riqueza da produção textual.Quanto mais o aluno se sentir estimulado a ler e a produzir, mais ele terá condições de se desenvolver e expressar-se corretamente.

O que o aluno poderá aprender com esta aula
·         Recontar textos narrativos.
·         Perceber lacunas e/ou incoerências ao ouvir a narração de fatos, experiências,ou reconto de textos narrativos.
·         Dramatizar situações reais ou imaginadas.
·         Desenvolver atitudes e disposições favoráveis à leitura.
·         Desenvolver capacidades necessárias à leitura com fluência e compreensão.
·         Utilizar a noção de frase (enunciação com sentido completo) para orientar a pontuação na escrita de textos.
·         Observar os sinais de pontuação nos textos.
·         Dramatizar textos de histórias em quadrinhos
·         Ler o gênero histórias em quadrinhos.
·         Compreender a forma composicional e estilo da história em quadrinhos.



Depois os trabalhos foram expostos no mural da escola:



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